quinta-feira, 16 de setembro de 2010


Hoje eu tive a oportunidade de me olhar nos olhos, de me encarar, me olhar de um jeito que não consegui antes. Hoje eu pude enxergar o quão profundo é meu olhar, puder perceber o quão meigo é meu sorriso e o quão bobo eu pareço ser.
Acendo mais um cigarro e continuo a observar. Meus gestos, minhas palavras, são tão calmos, tão "compreensivos", as palavras de consolo saem como uma melodia suave, o abraço confortável, transmite tanta paz, tanto carinho. Ah! como eu queria receber meu próprio abraço, minhas palavras continuam saindo e eu continuo me observando e percebo o quanto de felicidade pulsa no meu olhar, no meu profundo olhar, será a satisfação por ter pessoas amadas ao meu redor? Orgulho de conseguir ser e estar
sempre rodeado de verdadeiros amigos? Ou será só pelo simples fato de estar amando?
Por que eu pareço ser tão ingénuo? Tão frágil e vulnerável? Por que aparento ser uma coisa que não sou, ou pelo menos acho que não sou?
Percebo que também sou carente e as vezes meu meigo sorriso torna-se um sorriso malicioso. Não com maldade, mas com pura malandragem. Me observo com mais atenção e percebo que é quase impossível me compreender, entender o que eu estou sentindo. De repente é porque minha "missão" seja entender e não ser entendido.
Meu cigarro chega ao ultimo trago, o apago e volto a ser o protagonista. Esqueço de tudo o que aconteceu e volto a viver minha icognita chamada de vida, com meus amores, minhas decepções e o mais importante, minha felicidade.

Um comentário:

  1. Amei, Igor! Amei de verdade!

    E ainda tem quem critique teu jeito de escrever... Aff.

    Beijão, querido!

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